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Investigação de golpe em vendas de casas aponta 70 vítimas e prejuízo de R$ 1 milhão no RS

18 de dezembro, 2018

A Polícia Civil investiga um golpe antigo, que segue fazendo vítimas no Rio Grande do Sul, principalmente famílias de baixa renda. São empresas que prometem entregar casas de madeira a preços vantajosos e prazos curtos, mas não cumprem o acordo. Uma investigação que já dura cinco meses aponta mais de 70 pessoas lesadas no estado, e prejuízo total às vítimas de cerca de R$ 1 milhão.

De acordo com a polícia, o pai de um conhecido traficante de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, teria uma empresa de fachada, do ramo de casas de madeira, para lavar dinheiro.

Na segunda-feira (26), foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na cidade para reunir elementos que confirmassem o crime. Na ocasião, a polícia apreendeu dinheiro e um automóvel de luxo. A partir da operação, o Poder Judiciário decretou o bloqueio de bens (imóvel e veículos).

Até o momento, oito pessoas são suspeitas de participar ativamente do esquema criminoso, que, segundo a investigação, era juridicamente calculado para que não parecesse um estelionato, mas um descumprimento contratual.

Em algumas situações, os clientes antecipavam os pagamentos e acabavam recebendo apenas o material que seria utilizado na construção. Depois, as empresas eram fechadas, reabrindo com outro nome, sendo que algumas pareciam ser concorrentes, funcionando a poucos metros de distância, mas sendo, na verdade, gerenciadas pelas mesmas pessoas.

Uma das vítimas que caiu num golpe com as mesmas características diz que a empresa contratada entregou o imóvel pela metade. Na época, a família pagou à vista R$ 18,9 mil. Seis anos depois do início das obras, foi obrigada a desembolsar mais R$ 20 mil para terminar tudo por conta própria. Agora espera uma indenização na Justiça.

“Ele nos enganou, porque quando você vai ali comprar é tudo uma maravilha, ‘tua casa vai ficar linda, nós vamos terminar em 30 dias’, era o prazo dele”, conta a vítima, que prefere não se identificar.

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